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quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Revolução dos Cravos.


Não estive lá nesse dia, Mas a visualização que obtenho na minha mente, é a de um bando de comunas a gritar Liberdade rua fora.

Eu não sei até que ponto, esta liberdade "imposta", é boa.

(Digo "imposta", só para os senhores militares acharem que fizeram uma grande coisa. Isto porque não houve muita resistência por parte do Governo, em relação ao golpe de Estado.)


Continuando...

Eu também não vivi durante o Estado Novo, sob o poder de Salazar ou de Marcello Caetano, mas gostava de ter visto e tentar perceber porque é que as pessoas se queixam.


Tenho ideia que dantes era tudo mais calmo, as pessoas mais humildes. Não havia medo de sair à rua (a não ser aqueles que temessem algo), sempre houve crise, mas houve muitas melhorias nessa época.

Actualmente, é um perigo andar na rua, temos medo de encontrar, sem querer ofender ninguém, os tais pretos, brasileiros, ciganos, etc...

Mas pegando de novo no tema Liberdade, não sei até que ponto isto é bom.
Sim, toda a gente deve ter o direito de se expressar, mas infelizmente isto ou é 8 ou 80!
Isto que vemos não é Liberdade, é abuso.

Penso que o único ponto fraco dessa altura, era a não passagem de informação, mas afinal, a Religião Católica faz o mesmo, e ninguém a censura!

O 25 de Abril de 1974, veio mudar muita coisa. Criou uma euforia efémera, e também uma avalanche que nos levará serra abaixo, até que ficaremos enterrados.

Se calhar estou a ser demasiado dramática, mas acho que preferia, em vez de falar, apenas pensar mal, do que assistir ao que assisto hoje.
Ou então não. Não faço ideia.


Mas vá gente que se lembra disto uma vez por ano, a Liberdade é para sempre, não é?




(foto de Jorge Jacinto, o meu pai)

3 comentários:

  1. Acho que é muito importante reconhecermos que nós simplesmente não podemos dar uma opinião sobre aquela altura, gostei muito que realçasses isso! é um problema que tenho com o tema do 25 de Abril e, que ao sugerir o tema, levou.me a relembrar isso. Já tive uma fase que naquela altura é que era, havia mais união, havia um equilíbrio económico diferente. Já aclamei António Salazar, como alguém a ter como exemplo. Mas também já me apercebi de muitas coisas opostas, que muitas pessoas falavam, mas que muitas pessoas exageram, ou é o típico sentido português, nós somos sempre as vítimas e, acabamos por não saber em que acreditar. vejo actualmente inúmeras pessoas a retratar o José Sócrates com todos os adjectivos negativos que existem. e daí como posso acreditar no que se passou quando não estava cá? É algo complicado. Já para não mencionar a cambada de jovens que aclama o 25 de Abril de boca cheia, a sentirem que os pais dos pais tomaram tomates para revolucionar o país, que o povo finalmente fez alguma coisa de útil na vida. É quase como se fosse um D.Sebastião comprovado historicamente e heroicamente. E, depois dizem coisas como foi no mítico 25 de Abril que se tirou Salazar do poder, ou nem sequer sabem quem ele foi e, bem Marcello Caetano nem nunca devem ter ouvido falar nele.
    mas... palavras para quê ?

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  2. Pois! Eu sou apologista de que não devemos falar sobre aquilo que não conhecemos, só podemos tentar imaginar. Foi isso que tentei fazer..

    Se compararmos a sociedade de antigamente com a de agora, provavelmente escolheríamos a antiga, o problema é que as pessoas querem é liberdade de andar a dizer asneiras na praça pública!

    Mas enfim...É verdade, mas é o diz que disse, e é assim..

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  3. Tendo lido o teu texto e, o comentário ao claúdio, acho que o problema não é existir liberdade a mais. Acho que deve haver liberdade, o que sinceramente acho que é o problema é as pessoas não estarem à altura da liberdade que têm, esquecem-se que a liberdade é a responsabilidade de tomar uma posição. E acho que isso é perdido no nosso país, as palavras são atiradas ao ar, sem muito ser pensado. Somos um país de fala fácil, é como a questão do Aborto, uma grande campanha a favor, que tem de ser, o nosso umbigo é tão importante que temos que dizer que sim que dá jeito, quando é o referendo, a abstenção é enormemente ridícula. Acho que esse é um problema nacional, a ser resolvido, é uma questão de mentalidade e, não de liberdade.

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