Tema Actual
100 anos de república em Portugal

sábado, 25 de abril de 2009

Papa Bento XVI na sua visita aos Camarões decidiu lançar controvérsia com a transmissão da mensagem da Igreja quanto à sua posição relativamente ao uso de métodos contraceptivos, tomando como alvo principal o preservativo. Como ateísta, como membro de uma sociedade minimamente consciente do perigo da Sida, as palavras de Bento XVI são tomadas como mais uma brisa de mofo da credibilidade da Igreja Católica. É incontornável a aversão da Igreja quanto aos métodos contraceptivos, até se deixaram levar e, admitir a abstinência como método de contracepção, algo que o Papa considera apenas possível em casos de graves dificuldades conjugais. O Papa considera os métodos de contracepção, uma negação do amor conjugal, de acordo com as suas declarações em Outubro de 2008. Apesar do sexo ser um tabú, a aceitação de uma realidade, em que o sexo não é o estabelecimento de uma relação de amor conjugal, é algo inquestionável. A questão aqui não é pôr em causa a fé das pessoas, nem aceitar uma realidade que é contra os princípios da igreja, mas sim aceitar um comportamento da sociedade actual. Mais uma vez, partimos para o grande problema da Igreja Católica, a sua falta de actualização. Apesar de como ateus questionarmos por completo a religião, estas declarações devem mostrar-nos um quadro maior e, aceitar a escolha de grande parte da população. Ao analisarmos devemos ter em conta a crença de populações e, não o nosso ceptismo.
Apesar da explosão mediática contra estas declarações, foi importante o Papa ter vindo marcar a sua posição. O seu discurso apela a algo importante, em oposição às palavras chocantes que lançou e toda a imprensa se focou. A epidemia da Sida, é acima de tudo uma questão de comportamento e, muita gente perde-se pelo caminho neste assunto. De acordo com Edward C. Green, especialista em prevenção de Sida do Centro de Harvard, está comprovado empiricamente que a abstinência tem um impacto maior na prevenção da Sida, o que para mim não deve ser tido como uma validação para as palavras do Papa, como os jornais fazem crer com manchetes : 'Especialista de Harvard diz que palavras de Papa estão correctas' . Acho que as palavras de ambos, o Papa e Edward C. Green, devem alertar as pessoas para o problema a nível comportamental que existe em África maioritariamente. Existem campanhas em Angola, que vão além da entrega de preservativos, como campanhas de sensibilização sobre a fidelidade, a auto-estima e a solidariedade. Devemos tomar a luta contra a Sida, como algo mais complexo do que realmente se faz crer. Talvez Bento XVI, não consiga é perceber a natureza humana e a complexidade do seu comportamento, tal como não deve saber que o preservativo é uma alternativa que tem efeitos mais imediatos e, que é tomado como a alternativa a seguir para o caminho certo (que não percebe minimamente de preservativos já percebemos, visto que acha que o preservativo agrava a expansão do vírus da Sida).
E, ainda mais importante para mim, é observar bispos,não assinarem por baixo das declarações da sua instituição. O bispo de Viseu, considera deveres éticos acima de deveres religiosos, o que o categoriza como no mínimo, revolucionário dentro do espectro da Igreja. O bispo das Forças Armas, D. Januário Torgal Ferreira vai mais longe e afirma 'proibir o preservativo é consentir na morte de muitas pessoas', o que me faz respeitar minimamente as pessoas que transmitem a mensagem da religião católica, e que sabem diferir o sentido ético do religioso.
E, o mais irónico, é que em comemorações da liberdade de expressão, assistimos a uma censura por parte do Vaticano aos nossos bispos. Isso por um lado, tem o seu sentido positivo, existe um maior cepticismo quanto ao Vaticano e, às suas declarações, e a sua resposta neste caso só ajuda a que haja uma melhor percepção da falha na credibilidade da própria Igreja.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Responsabilidade

Para mim é um bocado difícil olhar para estas notícias como importantes ou com algum relevo. Sou ateu e, mesmo que não fosse, nunca seguiria a opinião retrógada dessa gente, Papas e afins. Se calhar estou a olhar de fora e consigo distanciar-me dessas palavras que não me afectam em nada.
O meu problema é com os milhões de pessoas que não recebem toda a informação, que não têm a sorte de poder parar e perceber naquilo que realmente acreditam e as razões para tal. Pessoas que a única preocupação, infelizmente, é a sua subsistência. Elas, na sua ignorância, são levadas a idolatrar um Deus e a seguir toda essa doutrina. Isto leva a que o Papa, como homem mais alto nessa hierarquia, mas também todos os bispos e padres que se relacionam com o seu "rebanho" tenham uma responsabilidade enorme sobre a vida destas pessoas.
Todos sabemos as graves epidemias que ocorrem no Mundo e em África em particular. Portanto, acho inconcebível que declarações como o apelo ao não uso do preservativo sejam ditas por pessoas desta responsabilidade. Acho um crime!
Agora quanto às notícias.
Não acho que seja necessário um Cardeal Patriarca vir explicar ou suavizar as palavras do seu superior. Ainda para mais, as suas palavras fazem-me rir.
Agora quanto ao Bispo de Viseu, pensou que apenas disse o que toda a gente já sabe, é uma questão de bom senso, nem precisa de se referir a éticas ou outras coisas. O uso do preservativo, sendo portador de vírus ou não, tem que ser uma realidade aceite como natural. Nem há motivo para discussão.
O que estes homens pensam ou deixam de pensar não me interessa de maneira nenhuma, no meu caso pessoal não são ninguém. O grande problema está, como já tinha dito, nas milhões de pessoas que os seguem e ouvem as suas palavras como verdades absolutas e incontestáveis. Pode ser que pensem por elas próprias.


P.S.: Então Cris?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ignorância.

(Seguindo o tema desta semana...)



Sinceramente não sei se chame ignorância, ou querer tomar as pessoas como parvas.
Andam não sei quantas pessoas, bem intencionadas, a distribuir preservativos e a dizer que é assim que vamos conseguir ultrapassar a SIDA e todas as outras doenças sexualmente transmissíveis, e depois vem o Papa e diz: "Ah e tal, o preservativo não protege de nada."

Mas isto faz sentido? Andamos a brincar?
Que eles gostem de contar Histórias e Estórias aos Católicos, é uma coisa, agora fazer o resto das pessoas, que ainda têm alguma fé, crer que não é o preservativo que vai evitar as contaminações...

Em relação ao bispo de Viseu, alguém deve ter ouvido o senhor a murmurar qualquer coisa, e foi a correr contar ao papa, porque para uma opinião, espante-se, contrária ao que mencionou o Sr. Ratzinger, ir parar aos ouvidos do Vaticano tão rápidamente, é porque existe alguma ovelha negra por lá.
E como quem não quer ter nada a ver com isso, vem o Sr. Cardeal Patriarca defender o que o Sr. Ratzinger disse. "Ah e tal, ele não quis dizer isto, mas sim aquilo." Digo mais uma vez, isto não faz sentido.


Se calhar o preservativo nem vai evitar a SIDA, o problema não está nas relações sexuais, o problema está na mentalidade!
Há que educar o futuro do mundo, ensinar todos os perigos que se vão enfrentar, e como os evitar, não só nos países de 3º mundo, mas também nos restantes.

Evolução, por favor.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tema semana 2

Não quero atropelar ninguém, mas achei piada a estas 2 noticias, de grande relevo a nível nacional (ou não) mas pelo menos com algumas consequências para a moral e ética da sociedade que vive em nós.

Noticia Sapo TSF
Jornal RTP vídeo

Quanto da religião nos pertence, nos move, e faz agir? O que acham disto, o que acham de tudo o que isto vos faz pensar? Gostava que divagassem sobre este tema esta semana, se não tiverem de acordo podem dizer até amanhã e trocamos antes de terça.
Sem mais nem menos.

domingo, 19 de abril de 2009

Não gosto da banana mas gosto do macaco.

Boas, vou começar primeiro por uma parte séria e depois brincar com coisas que tenho na mente, dentro disto vou tentar dar-vos algo de útil neste final de semana.
A primeira é uma frase que tenho no meu blogue a sós,
Dualidade, é expressa em branco, por qualquer ponto, e tudo isto se passa e acontece.
Isto é, de maneira simples, um dos vários conflitos interiores que tenho várias vezes, talvez um sentido de multiplicidade forçado por mim, por idolatrar Pessoa, mas isso nunca se vai saber, uma ambiguidade de altos e baixos que me reflecte em questões que apresento demasiadas respostas e acabo por ficar a branco, e enquanto fico branco, tudo passa, e tudo vai acontecendo, a questão do tempo, talvez, mas é de facto algo que me deixa muito confuso, e acabo por escrever assim.

A segunda frase é o título deste texto,
Não gosto da banana mas gosto do macaco.
Esta é mais fácil, ontem descobri que gosto dos meus amigos, mas que não gosto do pénis deles, ora não é nada demais, sem querer ofender o pénis do Cláudio e do Bernardo, mas fico por abraços e beijinhos, e elogios, porque de facto, para quem não sabe, o meu pénis também me repugna. Hoje não estou com muita paciência, peço desculpas.

Sem mais nem menos.
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