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domingo, 26 de abril de 2009

a morte ou a doença são factos reais que dificilmente aceitamos

somos vitimas dos nossos estilos de vida,
somos mortais.
até que ponto um estilo de vida,
não será uma religião?

apesar de nao concordar com os principios da igreja católica neste campo da prevenção da saúde, devo dizê-lo que assim como a igreja ajuda a propagar o virus da sida, essa mesma igreja ajuda todos os seus perigrinos a morrer de forma pacifica, e muitas vezes ajuda-os a viver os ultimos dias de vida de uma forma intensa e completamente feliz. Avaliando factos, e de acordo com a minha experiência a religião é sempre a ultima cura de um processo vital, que foi muitas vezes desastroso.

a religião cria a paz no leito da morte, de um espiritualismo étereo e divinal, pedindo em troca a vida dos seus seguidores.

o meu trabalho, os meus habitos de vida (comida, exercicio fisicio, a bebida, o tabaco) também nao sao comportamentos de risco que me levam a uma morte prematura?

não me interessa chegar a uma conclusão,
muito menos culpabilizar alguem,
porque assim enconstamonos a sombra da bananeira, e o cepticismo torna-se num dogma.

agora passo a citar o professor Michael, antropólogo: todos nós sabemos sempre o que é melhor para os outros - dito de forma irónica, claro.

interessa-me sim, avaliar factos e questionar-me sobre a sua origem, para actuar de acordo com as circunstancias a que nos propomos.


e tudo se baseia na forma de como tu encaras a morte.

estudante de enfermagem

22 comentários:

  1. 'apesar de nao concordar com os principios da igreja católica neste campo da prevenção da saúde, devo dizê-lo que assim como a igreja ajuda a propagar o virus da sida, essa mesma igreja ajuda todos os seus perigrinos a morrer de forma pacifica, e muitas vezes ajuda-os a viver os ultimos dias de vida de uma forma intensa e completamente feliz. Avaliando factos, e de acordo com a minha experiência a religião é sempre a ultima cura de um processo vital, que foi muitas vezes desastroso.'

    acho que este parágrafo puxa uma situação ainda mais importante no espectro religioso. O que é que consideras mais importante ? Um último momento de felicidade defraudada pela ignorância, ou a aceitação de uma verdade mesmo que seja cruel ? Será preferível aceitares a manipulação à tua self-awareness?
    e sendo a igreja católica contra a eutanásia, propagando o sofrimento nos últimos meses, anos, de pessoas que só querem dar um passo em frente, por já terem aceitado a sua morte, onde fica ai a paz que a religiao proporciona nos seus últimos dias ? esse tratamento esotérico de revitalização de estragos interiores maiores? fica por aonde? na troca de crer numa mentira por uma vida pior que a morte ? se os seus seguidores entregam a sua vida, pela crença e a aceitação da igreja, quando a vida se trata de um processo muito mais litigioso que a morte, os laços de entrega estão selados, e mesmo assim pede-se a aceitação desse mesmo estado, onde é que aparece o processo curativo? ou será a igreja uma instituição tão superior, que deve aceder a quaisquer direitos sobre os seus seguidores, incluindo o da sua própria morte ?

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  2. "A religião cria a paz no leito da morte"
    Está tudo mais que dito.

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  3. pesquisem sobre a distanasia e os cuidados paliativos.

    obrigado pelas criticas.

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  4. não é nada imposto por ninguém, optas por esta ou aquela.
    a religiao é um estilo de vida, e um estilo de vida é uma religiao.
    a rotina é um dogma.
    a religião é um dogma.


    sologismo do dia.

    p.s- cuidados com os juizos de valor.

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  5. acabei agora de ler sobre ambos os conceitos. e tenho uma pergunta para que possa formular o que quer que seja. tu apoias a distanásia? em todos os casos, ou achas que existem excepções para a sua aplicação?

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  6. é oficialmente um crime, no estado portugês, nao apoiar a distanásia.

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  7. a religião não é um estilo de vida, é uma opção de vida. são coisas diferentes.

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  8. uma opçao de vida que te implica um estilo de vida.

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  9. é crime praticar a eutanásia, o que não significa que não apoiar a distanásia seja um crime. são coisas diferentes. em que sentido é que prolongar a vida de uma pessoa em estado vegetativo contribui para algo positivo ?

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  10. não propriamente. quantas pessoas estabelecem uma relação com o Deus aclamado pela religião católica e, não seguem os seus costumes? a religião é o estabelecimento de uma ligação entre a humanidade e um ser sobrenatural, ao acreditar em Deus, não significa que adopte as condições de vida que certas pessoas adoptam.

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  11. O rotina não pode ser um dogma, porque o dogma é algo imposto que aceitamos sem duvidar, e normalmente o dogma é usado em sistemas políticos e religiosos, podemos e temos todos rotinas, mas daí a acreditar que estão completamente certas e que não as vamos mudar.
    Qualquer religião tem por base factos sobrenaturais, invisíveis, divinos ou sagrados, crenças e até regras. Religião vem de religio, latim, significa ou religar, ou prestar culto a uma divindade, no meio de tudo isto, o meu estilo de vida é refutado em todo o sentido com sendo uma religião.
    A religião não é abrangente, e não precisa de ser existente em tudo.
    Silogismo errado, por uma base supostamente liberal, basear isso num certo dogmatismo, e não dogma, é antagónico e não fundamentado, uma generalização que pode afectar alguns, um juízo de valor algo inoportuno.

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  12. por isso é que existe a distanasia e os cuidados paliativos.
    e não aplicar a distanasia é um crime.

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  13. não aplicar, não é não apoiar. são coisas diferentes, mais uma vez. quem é que consideras ter mais poder sobre o individuo, o seu médico ou ele próprio ?

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  14. se nao apoias nao aplicas.
    quanto ao jogo de poderes leiam artigos cientificos crediveis sobre as tematicas que vos disse.está tudo legislado de forma explicita.vou trabalhar!

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  15. a rotina é algo tao vital, é nos inconscientemente impragnado por volta dos 2 anos de idade, e a sua rutura leva-te à doença.
    a doença levanos a um estado de cepticismo,
    as pessoas questionam.se sobre o seu deus.
    as pessoas questionam.se sobre as rotinas.

    isto tudo sempre de uma forma generalista.

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  16. infelizmente, com as bases legais que citaste, não apoiar não significa não aplicar. era bom que isso acontecesse, assim não se perdia a nossa liberdade de escolha sobre a nossa própria vida. e quanto ao jogo dos poderes, o blog é para ampliar a nossa capacidade critica e de consciencialização de acontecimentos. é para criar uma rede de opiniao e, para discutirmos entre todos, sempre que achemos oportuno. por isso pergunto.te a ti e, não ver livros. porque eu estou a questionar e a tentar perceber a tua posição, não é a de outras pessoas. ao marcares aqui uma posição, é necessário saberes tu mesma explicar porque é que a apoias.

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  17. considero correcta a legislaçao aplicada, a minha fundamentação advem da mesma. o que poderia fazer aqui era citá-la mas como nao disponho de tempo, convido ao pessoal daqui a ler e a informar-se mais sobre o assunto.
    boa tarde.

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  18. então estás a considerar que uma pessoa doente, não poderá ter a capacidade crítica para tomar uma posição ?

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  19. e quanto a legislação agradecia que me mostrasses, porque não consigo encontrar as bases legais sobre o poder do médico e do individuo.

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  20. A doença leva-nos a um estado de cepticismo em que nos questionamos sobre o nosso deus, como disse num post anterior, quando nascemos é que nos inserimos numa doença, essa doença, é que nos faz ser dogmáticos e não ter dúvidas em relação ao nosso deus, ser diferente ou pensar de forma diferente e agir de forma diferente da sociedade não é ser doente, ser doente é não questionar a sociedade, ou melhor, aceita-la como algo certo, aceitando a sua religião e as suas normas, sem sequer pensar se tão correctas e no fim fazer os tais juízos de valor sobre quem não as segue, apoiando-se em estruturas arcaicas, pensamentos dogmáticos e instituições criadas de outras, baseadas em outras, sem nada de real, e isto é fundamentado.
    Em relação à legislação, está sempre em mudança, por alguma razão se fala sobre a eutanásia, porque se for legalizada terá de ser mudada a legislação.
    O meu último comentário neste texto, mas foi um prazer a discussão, ensinou-me algumas coisas.

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  21. Gostaria primeiro salientar que o meu post não originou uma discussao saudável mas sim uma quase argumentação fechada. È importante ser-se acertivo e nao tirar interpretaçoes sem se mostrar receptivo à validade de outras opinioes e sem fundamentação teorica para, pois o facto de nomearmos a nossa religiao estamos a aniquilar imediatamente a atençao do leitor, isto se a nossa intenção é informar. Este discurso é formulado em termos informativos da retórica utilizada, isto se pretenderem utilizar a temática das situaçoes limites na concepção humana.
    Salientar que a minha concepção é aplicada no real, diria quase totalmente empirista, logo fundamento o meu desacordo com a igreja católica através de factos reais, refiro novamente, factos do funcionamento do sistema límbico do ser humano. Fechei a minha concepçao de forma aberta, pois como referi, nada é absuloto, bem como, os factos que levantei que podem levantar diversas temáticas.
    Terceiro ponto, por nao nomear a minha religiao fui alvo de várias criticas, facto totalmente previsivel pois era essa a minha intençao, informar. Mas de longe considero que nele esteja impragnado a temática da eutanasia, mas de forma acertiva estou receptiva a discuti-la de forma informativa.
    Quarto ponto, dentro da temática acima referida, o ser humano tem total poder sobre si proprio e pela sua vida, sendo portanto que, "A DISTANÁSIA é manutenção de tratamentos que já não são úteis e que ainda agravam mais o sofrimento do doente; É a obstinação terapêutica. " punivel pela lei portuguesa. A ortonásia é o campo a que me quis referir nos comentários anteriores "A ORTOTANÁSIA
    É a morte considerada natural, a morte no tempo certo, pelo que não se dispensam os tratamentos disponíveis, eficazes e a terapia adequada.
    O uso racional dos meios humanos e técnicos para ajudar a pessoa a assumir com dignidade os seus limites." Aqui está a informaçao pedida. Quanto à sua discussão pretendo fazê-la oralmente, pois a comunicaçao nao verbal tornaria-se exaustivo de discutir sobre, pois é um dilema ético, onde nao há conclusoes mas sim argumentos sobre, devido ao ainda, total desconhecimento da ultima fase dos seres vivos, a morte.
    Quanto à minha discordancia do papel da religiao catolica contra o uso de presevativo (já referido no post), volto a fundamentar que se o seu elemento máximo autoriza-se o uso do mesmo, seria uma mais valia contra o combate da sida, pois o seu contagio atinge uma maior percentagem em paises sub-desenvolvidos, em que a analfabetizaçao existe em larga escala (as pessoas de baixo grau academico assumem mais comportamentos de risco). Porém, a restante sociedade (independentemente os religiosos ou nao religiosos,porque 60% dos catolicos usam preservativo - taxas validadas em artigos cientificos)deve assumir um papel de prevençao e desenvolver outros metodos de preventivos contra o virus da sida(preservativo femenino, diafragma), respeitando sempre o caracter religioso. Pois como disse, para qualquer elemento crente não importa os meios mais sim os fins, a por estes referida: "a vida para além da morte".
    Informar, adaptar, é bem visivel que nao é furtivamente que chegamos onde queremos, neste caso as pessoas que tomam comportamentos de risco, mas sim de forma subtil (para vosso exemplo o markting, e para o meu a acção em enfermagem).


    p.s- nao acredito nas religioes, em sistemas politicos, e muito menos em clubes de futebol. Porém isso nao me invalida de respeitá-los, e respeitar os seres humanos que neles vê um sentido de vida. O meu prazer reside em observá-los de forma critica, pesando o risco / beneficio de forma a descortinar o âmago do comportamento humano.

    e nisto por motivos de disponibilidade dispeço-me do blog.

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  22. Foi o teu último comentário mais informativo do que o post, mas ainda bem que o objectivo do teu texto foi informar-nos de alguma coisa, apesar de não ter retirado nada nesse sentido dele. E, quanto à minha falta de receptividade da tua opinião, só seria possível se eu nem quisesse nem tentado perceber o texto, nem me tivesse dado ao trabalho de pesquisar conceitos que aplicaste e, até chegar ao ponto de ir ler o código penal. Quanto a não teres informado ninguém sobre a tua religião, acho que não é nada que nos limitasse às respostas, principalmente porque quase todos nós te conhecemos, logo a tua religião não é uma incógnita e, talvez por isso mesmo o teu texto foi alvo de críticas, que são supostamente construtivas e, que optaste por intitular por um tipo de argumentação fechada.
    Quanto ao teu texto não abordar a temática da eutanásia, acho bastante discutível, principalmente quando consideras que o teu texto é de concepção aberta e, tens algo como 'essa mesma igreja ajuda todos os seus perigrinos a morrer de forma pacifica, e muitas vezes ajuda-os a viver os ultimos dias de vida de uma forma intensa e completamente feliz.'; se isso não levanta minimamente a questão da eutanásia, então a minha definição deve andar distorcida.
    Depois argumentas que a Ortonásia era o conceito que te referias nos comentários anteriores, pois eu não li em nenhum dos teus comentários, tal conceito.
    E, finalmente neste comentário explicas-te claramente a tua posição quanto ao tema em discussão.
    Quanto à falta de crença em temáticas religiosas, não invalidou a ninguém aqui o respeito pelas mesmas. Se leres o meu texto, do ricardo e do claúdio, está explícito que a questão que consideramos principal nesta temática é a preocupação com as pessoas que acreditam, compreender-mos as crenças delas e, julgamos quem as persuade de formas incorrectas. Isso não põe em causa o respeito que temos pelos crentes, por isso acho as tuas notificações de falta de respeito, uma percepção errada da tua parte.
    E um bom âmago !

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