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100 anos de república em Portugal

sábado, 16 de maio de 2009


O sol não tardava a chegar, as nuvens encobertas rompiam-se por entre gargalhadas murmuradas de condensação. Raiavam as primeiras notas da manhã, enquanto revirava os olhos sem norte. O calor era leve e irrequieto, a brisa era persistente e alegre. Comportava-se como uma criança numa parque de diversões: de lábia doce e, sorrisos inocentes. O dia decorria vazio, com pequenas concentrações de palpitações, a temperatura mantinha-se estática, a uma intensidade melodramática, prestes a quebrar mas de manutenção moderada. Recortei as palavras mortas, colei os sorrisos e movimentos em pedaços soltos e preenchi as respirações com músicas e suspiros falíveis. O mundo satisfazia-se com pouco, festividades e seguranças estendiam-se pelas ruas, em grandes e pequenas manobras, de falibilidade redonda e desengonçada. No entanto, a música tocava ainda mais alto e ao mesmo tempo leve, em pés de veludo os movimentos voavam, a confusão era controlada e revirada, a determinação era deixada ao acaso visual e, ali continuava o sonho, ao fundo de um olhar, que apenas derretia o dia. Era mais um dia perfeito. O sol passeava-se nas ruas e, um som estridente reluzia no ar e, apreendia olhares e gargalhadas. O céu era mais alto, mas não estávamos muito longe.
Afinal.
Hoje casei-me.

Fotografia por moi meme.

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